Quais as principais diferenças entre o gotejador e o microaspersor?
Com tantos aparelhos disponíveis para realizar a irrigação de plantas ou culturas, é comum que as pessoas se perguntem sobre as principais diferenças entre o gotejador e o microaspersor. Continue lendo para saber mais!
Existem várias opções disponíveis para irrigação de plantas e culturas, e muitas vezes as pessoas se questionam sobre qual método escolher. Dois métodos comuns que despertam dúvidas são o gotejamento e o microaspersor.
Tanto para irrigar plantas em áreas comuns quanto para o cultivo de diferentes culturas, é importante entender as diferenças entre esses métodos para tomar uma decisão informada.
Neste post, você vai compreender as principais diferenças entre o gotejador e o microaspersor. Continue a leitura para saber mais!
O que é e como funciona a irrigação localizada?
Antes de começarmos a falar sobre as principais diferenças entre o gotejador e o microaspersor, é preciso explicar como funciona a irrigação localizada – visto que é o método que mais emprega ambas as modalidades de aplicação de água.
De forma bastante resumida, o método de irrigação localizada é aquele em que a aplicação da água é realizada em um único espaço do solo. Geralmente, a água da irrigação é aplicada onde a planta se localiza e, especificadamente, próxima à sua raiz.
Uma das características distintivas do método conhecido como de irrigação localizada é a aplicação de baixo volume de água em comparação com outros métodos de irrigação. Já a sua principal vantagem consiste na capacidade de manter e auxiliar o agricultor a controlar efetivamente a umidade do solo – isso, em especial, quando as necessidades hídricas da cultura são elevadas.
Por isso, esse método é altamente recomendado nesses cenários.
Agora quando falamos especificamente em uma área molhada de um plantio, vale notar que ela deve ser necessária para umedecer toda a região do solo em que englobe as raízes das plantas. Geralmente, essa quantidade equivale a um terço da área sombreada pela cultura na fazenda.
Desta forma, a área do solo que fica aparente é reduzida e, consequentemente, as perdas de água também sofrem com a redução.
Agora que temos uma melhor compreensão do que é a irrigação localizada, fica mais simples entender como se dá o seu funcionamento e os elementos envolvidos. Basicamente, esse método faz uso de dois tipos de aparelhos principais disponíveis: os gotejadores e os microaspersores.
Também de forma resumida, o funcionamento de cada um funciona divididos em forma de funcionamento. Os gotejadores aplicam a água em postos específicos de uma área delimitada do terreno, enquanto os microaspersores funcionam água em áreas específicas do terreno.
Na próxima seção, você vai compreender melhor as diferenças entre o gotejador e o microaspersor.
Leia também: Qual o sistema de irrigação mais usado no Brasil?
Diferenças entre o gotejador e o microaspersor: o que é o gotejador e a irrigação por gotejamento?
O gotejador é uma das mais importantes ferramentas utilizadas para a irrigação de plantas. Já o seu objetivo principal é o de manter o nível de umidade no solo, de acordo com a precisão do plantio.
De maneira simplificada, o gotejador é um sistema de irrigação que consegue transformar o fluxo da água em pequenas gotas.
Entenda o funcionamento da irrigação por gotejamento
Os gotejadores são aparelhos produzidos que contam com regulagens, especialmente para permitir o controle da vazão de água e do tempo de funcionamento. Ou, em alguns modelos, funcionam de forma autocompensante, mantendo a mesma vazão em diferentes pressões.
Em uma linha contínua da plantação, por exemplo, podem ser instaladas uma rede de tubos, mangueiras e os gotejadores, que, em simultâneo, vão liberar água de forma lenta e uniforme no bulbo.
Em outras palavras, a aplicação da água no solo é realizar de maneira localizada e com alta precisão, tudo isso em pontos estratégicos de um terreno, conseguindo também suprir as necessidades da raiz de cada planta.
O método por meio de irrigação por gotejamento é capaz de garantir até 90% de eficiência da água, já que ocorre baixa evaporação, nem escoamento superficial.
Onde os gotejadores podem ser aplicados?
Geralmente, os gotejadores são mais utilizados em paisagismos, viveiros, fruticulturas e em cultivos protegidos. No entanto, sua aplicação vai muito além desses quatro pontos.
Visto que os gotejadores foram desenvolvidos pensando na possibilidade de permitir a regulagem individual, eles têm a possibilidade de serem instalador em terrenos com plantas das mais diferentes espécies.
Em cultivos altos ou em áreas desiguais, por exemplo, os gotejadores também podem ser úteis por permitirem que linhas de irrigação secundárias tenham o mesmo comprimento das linhas plantadas, além de oferecer facilidade tanto para o transporte dos equipamentos, quanto para sua instalação acima da localização da cultura.
Outros pontos da irrigação por gotejamento
Por permitir a eficiência de até 90%, o gotejador é um sistema que, quando bem aplicado, vai aumentar a produção. Além de tudo, o gotejador é altamente indicado para os solos mais pesados e/ou com baixa taxa de infiltração, além de solos arenosos ou com baixa capacidade de armazenar umidade.
Vantagens da irrigação por gotejamento
Além das características mencionadas anteriormente, os gotejadores oferecem uma série de benefícios significativos. Conheça os principais:
- Adaptabilidade alta;
- Aumento do nível de desenvolvimento da cultura;
- Baixo risco de desconexões nas tubulações e flutuações na pressão;
- Economia de água, fertilizantes, mão de obra e nutrientes;
- Maior produtividade;
- Mantém o solo úmido e com oxigênio;
- Menor proliferação de pragas, parasitas e ervas daninhas;
- Não exige nivelamento do solo;
- Permite a aplicação de fertilizantes e defensivos;
- Previne a erosão, pois não há impacto da água no solo;
- Reduz o risco de contaminação da parte vegetativa da planta;
- Resistente a condições de vento.
Leia também: Como aumentar a pressão da água para irrigação?
Diferenças entre o gotejador e o microaspersor: o que é o microaspersor e a irrigação por microaspersão?
Já o microaspersor é um aparelho que dispersa micropartículas de água em alta pressão. Essas gotículas, com tamanho entre 2 e 15 micra, entram em contato direto com o ar ambiente e evaporam instantaneamente, proporcionando uma ação uniforme e rápida.
Esse processo tem um impacto na redução da temperatura, bem como do controle da umidade relativa e melhoria da qualidade do ar. Por esses motivos, a microaspersão é amplamente utilizada na agricultura e indústria, tida como um recurso competitivo para as empresas.
Entenda o funcionamento da irrigação por microaspersão
Já o processo de microaspersão consegue criar uma névoa fina, dessa maneira, proporcionando uma evaporação rápida e uniforme.
Esse método é bastante utilizado por meio do seu alto desempenho e pela oferta de resultados econômicos. Além disso, a microaspersão permite a aplicação precisa dos nutrientes diretamente nas raízes das plantas.
Geralmente conhecido como “sistema mist“, o sistema de microaspersão pode ser instalado sem grandes modificações estruturais.
Existem também alguns sistemas de microaspersão que podem alcançar pressões de trabalho de até 1200 psi, permitindo a criação de gotículas ainda menores – e com uma evaporação ainda mais rápida.
Outro importante aspecto da microaspersão é a capacidade de produzir névoa de água sem risco de contaminação. Isso apenas ocorre porque a água consegue passar por filtros adequados no sistema e só entra em contato com o ar ambiente durante a saída dos microaspersores.
Dessa forna, não existem riscos de contaminação ou desenvolvimento de bactérias.
Quais são as principais aplicações dos microaspersores?
Os sistemas de microaspersão são amplamente indicados para o cultivo de plantas – especialmente aquelas cultivadas em estufas, por exemplo: hortaliças, flores de corte e plantas ornamentais.
Além do setor agrícola, a microaspersão também encontra aplicações na indústria, melhorando a umidade relativa do ar, proporcionando conforto térmico e otimizando processos produtivos.
Os sistemas de microaspersão também podem são úteis em diversos segmentos, como têxtil, gráfico, siderúrgico, galpões industriais, tabaco, câmaras frigoríficas, armazenamento de café, mineração e outros.
Isso acontece, pois a umidificação adequada do ar garante a qualidade em processos de produção e melhora o desempenho das equipes.
A microaspersão também pode ser utilizada em projetos de redução de odores, espaços comerciais, supermercados, climatização de ambientes, hotéis, bares e restaurantes, eventos e até mesmo na produção de efeitos sensoriais ou cenográficos.
Vantagens da irrigação por microaspersão
Além das características mencionadas anteriormente, os microaspersores oferecem uma série de benefícios significativos em todos os setores que fazem o seu uso. Conheça os principais:
- Consumo baixo de água na utilização;
- Contribui para o conforto térmico de animais;
- Exigem menos esforço físico;
- Indicado para diversos tipos de terrenos e culturas diferentes, além de altamente adaptáveis;
- Método mais econômico em comparação aos aspersores convencionais;
- Neutraliza odores;
- Otimiza a experiência em eventos;
- Potencializa as condições de produção;
- Reduz a temperatura do ambiente;
- Rega uniforme e menor probabilidade de entupimento dos emissores;
- Pode ser aplicado em uma ampla variedade de locais, incluindo tratamento de esgoto ao ar livre, agropecuária, aterros sanitários e indústria de papel e celulose;
- Sistema bastante versátil e adaptável a diferentes culturas em todas as fases de crescimento.
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Comparação direta entre o gotejador e o microaspersor
Agora que analisamos individualmente as diferenças entre o gotejador e o microaspersor, chegou o momento de analisar todos os aspectos discordantes entre eles.
1. Funcionamento
- O gotejador fornece água diretamente às raízes das plantas, de forma leita e em um local específico;
- Já o microaspersor consegue lançar água em forma de spray ou névoa, abrangendo uma área maior ao redor das plantas.
2. Umidade do solo
- O gotejamento oferece um despejo preciso da umidade do solo, permitindo ajustes consoante as necessidades específicas de cada planta;
- Já a microaspersão não oferece tanto controle assim, devido à dispersão de água em forma de névoa.
3. Pressão de funcionamento
- O gotejador foi projetado para funcionar em pressões de água reduzidas, geralmente variando de 0,5 a 2,0 bar – o que justifica a forma com que ele libera a água de maneira controlada;
- Já o microaspersor necessita de pressões mais altas para um funcionamento adequado, geralmente variando de 1,5 e 4,0 bar.
4. Filtragem
- O gotejador requer um filtro mais fino para evitar a obstrução dos emissores;
- Já o microaspersor é menos suscetível à obstrução dos canos, deixando de lado a adesão obrigatória de um filtro mais fino – contudo, ele ainda pode exigir filtragem adequada para garantir o funcionamento adequado dos seus bocais.
5. Aplicações
- O gotejador é utilizado em culturas que se beneficiam de uma irrigação precisa e controlada, como hortaliças, pomares e vinhedos;
- Já o microaspersor é mais usado em culturas de campo aberto, como gramados, campos de golfe e culturas arbóreas, basicamente que se beneficiam de um espaço mais amplo.
6. Velocidade
- No gotejamento, a água é liberada em uma taxa de aplicação lenta;
- Já no microaspersor, a água é aplicada em uma taxa de aplicação mais rápida, graças à alta pressão do aparelho.
7. Custos
- O gotejamento tende a ser mais econômico e simples em termos de instalação e manutenção, visto que envolve menos componentes e tubulações;
- Já a microaspersão requer uma infraestrutura mais complexa, com outros itens, como emissores de alta pressão e tubulações de distribuição.
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