Como Se Tornar um Síndico Profissional: Confira o Guia Prático para seguir a carreira
Nos últimos anos, especialmente por conta dos problemas com a pandemia, muitas pessoas decidiram que havia chegado o momento para mudar de carreira. E muitas passaram a buscar pela internet como se tornar um síndico profissional. Se você também é uma dessas, confira o que preparamos aqui.
O isolamento social fez com que muitas pessoas passassem mais tempos em suas casas e prédios, tomando um cuidado a mais com sua moradia. E com isso, uma figura que passou a tomar mais proeminência foi a do síndico profissional.
O síndico profissional, diferente do síndico habitual, é aquele gestor de um prédio que não é um morador daquele espaço, bem como não é um proprietário da unidade. Mas, sim, um prestador de serviços cuja principal função é a de manter um prédio nos trinques.
Mas para alcançar o papel de síndico profissional, a pessoa deve atender a alguns requisitos, bem como se capacitar para cumprir o cargo com maestria.
E antes de tudo, deve ser alguém que mantenha uma relação estritamente profissional com aquele espaço – afinal, manter a distância emocional o fará tomar melhores e decisões mais aprumadas.
As razões que levam os condomínios a buscarem um síndico profissional são diversas e das mais variadas. Entretanto, aquelas que são as principais envolvem a falta de disponibilidade de algum morador que consiga fazer o acompanhamento do dia a dia do prédio, falta de tempo de organizar as contas e funcionalidade da moradia.
Neste post, você vai aprender como se tornar um síndico profissional, além de todos os detalhes sobre a profissão. Quer saber mais? Continue a leitura!
O que é um síndico profissional?
De maneira resumida, o síndico profissional é um autônomo ou micro-empresário que presta serviços de administração de condomínios. Ele é contratado pelo condomínio para gerenciar o empreendimento e representar os interesses dos moradores.
Mas claro, isso é apenas um pouco do que pode definir o profissional – como você verá nas próximas seções.
Como se tornar um síndico profissional: O que é necessário para se tornar um síndico profissional?
O ponto principal para se tornar um síndico profissional é de ter a qualificação necessária para desempenhar todas as atividades obrigatória que fazem parte do dia a dia desse cargo. Por isso, é fundamental ter conhecimento básicos em áreas diversas:
- Processos Gerenciais;
- Contabilidade;
- Recursos Humanos;
- Direito;
- Administração;
- Entre outras.
Também não existe uma formação obrigatória ou ideal para seguir a profissão de síndico profissional, tampouco uma graduação ou a exigência de um diploma para assumir o posto. Pelo menos, não por ora.
No entanto, existem alguns cursos que podem ajudar a qualificar e capacitar a pessoa interessada em exercer o ofício. E, aliás, ter esses cursos atrelados ao seu nome pode ser o diferencial durante um processo seletivo ou contratação.
Um ponto também que pode ajudar é já ter tido a experiência como síndico morador de um prédio, pois, querendo ou não, é onde a base do trabalho se concentra.
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E qual o perfil ideal para se tornar um síndico profissional?
Além de formações desejáveis, existem também algumas habilidades essenciais para que uma pessoa consiga cumprir bem a tarefa de síndico profissional – e que também consiga construir uma carreira de sucesso na área.
Algumas habilidades básicas que todo síndico profissional precisa ter em mãos envolvem:
- Jogo de Cintura;
- Comunicação clara e objetiva;
- Paciência;
- Organização;
- Senso de liderança;
- Capacidade de negociação;
- Imparcialidade;
- Lidar com pressão;
- Conseguir gerir crises.
Essas, claro, são apenas algumas das principais características. Afinal de contas, diariamente, o síndico profissional terá de lidar bem com as pessoas e manter um ótimo relacionamento, tanto pessoal quanto interpessoal – e claro, ter muita paciência para enfrentar imprevistos.
Além de tudo, ele ainda vai precisar ter a disciplina para trabalhar de forma independente.
E, sem dúvidas, a maior habilidade de todas é a organização. Pois, administrar e gerir tempo, somados às atividades diárias da organização de um condomínio e queixas de moradores, tudo ao mesmo tempo, sem deixar de lado sua própria saúde mental e vida pessoal, realmente, é uma missão (quase) impossível.
Quais as principais atividades de um síndico profissional?
O próprio Artigo 1348 da Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 estabelece as funções e principais atividades de um síndico profissional em ofício, que são:
Art. 1.348. Compete ao síndico:
I – convocar a assembléia dos condôminos;
II – representar, ativa e passivamente, o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à defesa dos interesses comuns;
III – dar imediato conhecimento à assembléia da existência de procedimento judicial ou administrativo, de interesse do condomínio;
IV – cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da assembléia;
V – diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessem aos possuidores;
VI – elaborar o orçamento da receita e da despesa relativa a cada ano;
VII – cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor e cobrar as multas devidas;
VIII – prestar contas à assembléia, anualmente e quando exigidas;
IX – realizar o seguro da edificação.
§ 1o Poderá a assembléia investir outra pessoa, em lugar do síndico, em poderes de representação.
§ 2o O síndico pode transferir a outrem, total ou parcialmente, os poderes de representação ou as funções administrativas, mediante aprovação da assembleia, salvo disposição em contrário da convenção.
Artigo 1348 da Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Além das atividades supracitadas, existem outras específicas para cada prédio ou condomínio, variando com a realidade de cada qual. No entanto, é importante que o síndico tenha ciência de, pelo menos, os pré-requisitos mínimos em termos de atividades básicas.
Claro que também é essencial apontar que as atividades previstas no Artigo 1348 da Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 não são as únicas, existem outras: como também podem não todas fazerem sentidos para a realidade do condomínio a ser administrado.
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Síndico Profissional X Síndico Morador: O que muda?
A maior diferença entre o síndico profissional e o síndico morador é simples: um é especializado e o outro não. Como assim? Bom, um tem qualificação para exercer a função, enquanto o outro age por “intuição”, digamos.
Novamente, é interessante ressaltar que a atividade de síndico profissional ainda não é regulamentada no país, mas, geralmente, esses profissionais atuantes contam com cursos técnicos e específicos na área para desempenhar a função.
Do outro lado, o síndico morador apenas precisa ter a iniciativa (e jogo de cintura) de assumir a tarefa. Muitos acreditam que o síndico morador é tão bom quanto o profissional, pois, por estar diariamente naquele lugar, ele o conhece bem mais. Além disso, consegue estabelecer vínculos mais próximos com os demais moradores, entendendo melhores suas dores e problemas a serem resolvidos.
Duração
Outra diferença entre as modalidades de síndico é que o contrato do profissional geralmente tem 2 anos de duração. Enquanto isso, o síndico morador é normalmente eleito anualmente.
Por fim, a última diferença que podemos destacar é que o síndico morador nem sempre é remunerado. O que pode acontecer, no entanto, é da sua taxa condominial ser isenta. Enquanto isso, o síndico profissional, de fato, recebe uma remuneração para exercer o ofício.
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Quem geralmente contrata um síndico profissional?
Seja o profissional ou o morador, todo síndico é selecionado por meio de uma Assembleia Sindical, que envolve todos os moradores daquele edifício. A diferença é que o morador é eleito, enquanto o profissional é contratado – e geralmente por uma terceirizada.
Por isso, um aspecto importante da contratação do síndico profissional é a formalização da contratação. Além de constar em ata a qualificação daquele que exercerá a função, deve também ser desenvolvido um contrato de serviços prestados.
Mas, se o síndico é o profissional contratado, e o contratante é o condomínio, quem assina o seu contrato profissional? Visto que a responsabilidade com todos os contratos vem a ser do síndico profissional? Dilema complexo, não é mesmo?
A resposta, no entanto, é simples: a mesma Assembleia de moradores que ajudou a selecionar o profissional vai direcionar um dos condôminos para assinar o contrato. Quase como a testemunha de um casamento, sabe?
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O mercado do síndico profissional e a entrada de novos profissionais
A abundância de prédios e condomínios existentes – e que não param de crescer – e a falta de oportunidade em outros mercados, ajudaram no boom da busca pela profissionalização da função de síndico. Além, obviamente, do nível de exigência que o cargo exige.
Hoje é possível comparar condomínios com empresas de médio ou grande porte, por exemplo. Afinal de contas, são inúmeras as obrigações diárias, que envolvem direitos trabalhistas, tributações, fiscalizações, tarefas contábeis a serem cumpridas periodicamente.
Além, claro, de normatizações em relação à saúde ocupacional dos diversos funcionários que exercem outros ofícios nos espaços, como jardineiros, zeladores, eletricistas e afins. Sem contar na obrigatoriedade de seguros, e nas reformas nos espaços comuns – e até dentro dos apartamentos de moradores.
Tudo isso requer conhecimento. Por isso, os desafios que um síndico profissional enfrentam são muito grandes!
Garantir total conformidade com a legislação, assegurar o cumprimento das regras da convenção do condomínio e do regimento interno por parte dos moradores, zelar pela manutenção adequada do condomínio, promover uma convivência harmoniosa entre os condôminos, gerenciar a inadimplência e otimizar os custos sem comprometer a qualidade dos serviços ou a segurança do edifício são apenas algumas das responsabilidades atribuídas ao cargo de síndico.
No entanto, essas demandas exaustivas têm desencorajado os moradores de assumirem essa função, levando à preferência por contratar um profissional capaz de manter tudo em ordem, evitando assim o surgimento de inúmeros – e também de novos – problemas.
Mudanças no cenário profissional
Também diante do cenário que vem se desenhando nos últimos anos, com o aumento da tecnologia de ponta e inteligências artificiais, está ficando cada vez mais complicado encontrar boas vagas de emprego. E isso vale para todos os setores, dos mais tradicionais aos mais modestos.
Como resultado, muitos advogados, administradores, contadores estão migrando para outras profissões. E uma dessas, é a de síndico profissional. Por isso, também temos observado o aumento de profissionais de outras áreas que migraram para a administração de condomínios.
Hoje em dia, um síndico profissional pode ser contratado como Pessoa Física (como prestador de serviço), mas sem a caracterização de relação de emprego. Ele também pode atuar como pessoa jurídica, se contar com um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) atrelado ao seu nome e um Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) que abrace a função.
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Quem pode ser síndico profissional?
Como dito anteriormente, no Brasil, ainda não existe uma regulamentação para exercer o ofício de síndico profissional. Por isso, os profissionais que buscam futuro na área, geralmente, acabam optando pela realização de cursos para síndicos livres e técnicos.
Com cursos ou sem, é imprescindível que o candidato (a) a síndico profissional conte com conhecimentos específicos em:
- Áreas da administração, contabilidade, direito, gestão de processos, entre outras;
- Disciplina e organização de sobra para realizar o ofício;
- Boa comunicação para estabelecer um contato claro com todos os colaboradores e demais moradores;
- Inteligência emocional para lidar com o estresse e a pressão do trabalho;
- Capacidade de encontrar alternativas para lidar com problemas e imprevistos.
A profissionalização do cargo de síndico resulta em uma administração mais eficiente dos recursos de um condomínio, bem como evita o desgaste emocional dos seus moradores. Isso, em outras palavras, mostra o porquê do ofício ser tão importante.
Os condomínios que optam por essa abordagem de gestão, aliás, geralmente buscam uma administração mais especializada, como, por exemplo, empresas que cuidam somente disso e que delegam seus funcionários para cuidar de um edifício. Toda a gestão, por sua vez, é conduzida de forma imparcial, isto é, sem envolvimento emocional com os condôminos.
Quanto ganha um síndico profissional?
Segundo um artigo publicado em 2017 pelo UOL, foi divulgado que síndicos profissionais de São Paulo cobravam de R$ 2.000 a R$ 3.000 para comandar uma propriedade com até 60 unidades. Além disso, a reportagem também descobriu que, em algumas propriedades, existiam síndicos que recebiam R$7 mil – com informações da Sindicato da Habitação (Secovi-SP).
No entanto, segundo o portal Vagas, atualmente, o salário de um síndico profissional gira em torno de R$ 2.498,00 a R$ 4.002,00, com a média salarial estabelecida na faixa de R$ 3.000,00.
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Conclusão
Se você está considerando seguir a carreira de síndico profissional, é importante estar ciente da dedicação e esforço necessários – porque não, não é uma tarefa fácil.
A profissão exige uma enorme responsabilidade e requer a busca constante por profissionalização. Com o tempo (e com o máximo de dedicação), você poderá ter a oportunidade de se tornar um síndico profissional de destaque, com diversos condomínios em seu portfólio, por exemplo.
No entanto, antes disso, é essencial entender que o mercado oferece amplas oportunidades nessa área e começar de forma gradual pode ser a estratégia mais eficaz. A função de síndico profissional demanda anos de trabalho árduo e aprendizado contínuo. Portanto, é recomendado iniciar com condomínios menores, adquirindo experiência valiosa ao longo do tempo.
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