Impacto ambiental dos aspersores de irrigação: fatores a considerar e adaptações!
Apesar de benéfica, a irrigação pode trazer alguns problemas para a natureza. Por isso, o impacto ambiental dos aspersores de irrigação deve ser compreendido para um melhor aproveitamento da técnica e, sobretudo, da ferramenta.
O impacto ambiental da irrigação está diretamente relacionado às alterações na qualidade do solo e da água resultantes do uso desse sistema, bem como aos efeitos subsequentes nas condições naturais e sociais das bacias hidrográficas e áreas a jusante.
Esses efeitos são decorrentes das mudanças nas condições hidrológicas causadas pela instalação e operação dos sistemas de irrigação.
Por isso, apesar de benéfica, é fundamental considerar algumas fatores relacionados ao impacto ambiental dos aspersores de irrigação, bem como do meio ambiente para se tomar a decisão mais aprumada sobre a adesão ou não da prática.
Neste post, você vai conhecer todos os impactos diretos e indiretos dos aspersores de irrigação para compreender os fatores a se considerar na aquisição das máquinas. Continue a leitura para saber mais!
Para que serve a irrigação?
Apesar do post trazer advertências e fatores a se considerar sobre o impacto ambiental dos aspersores de irrigação, é necessário, no entanto, compreender os principais aspectos da prática.
De maneira resumida, a finalidade da irrigação é a de proporcionar água às culturas em uma fazenda de forma com que as necessidades e exigências hídricas de todas elas sejam atendidas. Isso vai permitir que as plantas, folhas e frutos tenham alto desenvolvimento e ofereçam produtos de boa qualidade.
Benefícios básicos da irrigação
- Aumento da produtividade das culturas – em média, a produtividade em áreas irrigadas são até três vezes maiores do que a de áreas que não passam pelo mesmo processo;
- Oferece a possibilidade de uma agricultura econômica, estratégia e até mesmo sustentável no Nordeste, e em outras regiões que sofrem problemas como a seca;
- Consegue suprir as necessidades de dois ou mais cultivos na mesma área;
- Justifica e incentiva a introdução de culturas mais valorizadas economicamente, minimizando o risco de altos investimentos;
- Melhora as condições econômicas e valoriza as comunidades rurais;
- Mantém programas de cultivos, escalonando plantios, colheitas ou tratos culturais;
- Otimiza a eficiência da utilização de fertilizantes;
- Aumenta a demanda de mão de obra, consequentemente aumentando o número de pessoas no meio rural.
Entretanto, é importante ter ciência de que somente a irrigação não será o suficiente para proporcionar todos os benefícios supracitados. Ela, por sua vez, deve ser acompanhada de outras práticas culturais para gerar lucros esperados da agricultura irrigada, como a utilização de variedades produtivas, tratos culturais, adubações e outras práticas.
Além disso, a utilização das melhores ferramentas, sobretudo, os aspersores, serão importantes para que a estratégia seja devidamente aplicada.
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Impacto ambiental dos aspersores de irrigação
Embora apresente muitos benefícios, a irrigação também tem contribuído para impactos ambientais adversos ao solo, bem como à saúde pública, às condições socioeconômica das populações, e à fauna e flora locais.
Qualquer projeto de irrigação deve abordar os aspectos sociais e ecológicos da região, buscando maximizar a produtividade, a eficiência no uso da água e minimizar os custos – isso vale tanto de mão de obra quanto de capital, com o intuito de tornar a utilização da irrigação lucrativa.
É essencial, também, manter as condições adequadas de umidade do solo, bem como a fitossanidade para o bom desenvolvimento das culturas irrigadas.
Não é benéfico para o desenvolvimento sustentável da irrigação adotar posturas que supervalorizem ou negligenciem o impacto ambiental causado pela atividade. Assim, é fundamental empenhar os esforços máximos para obter dados confiáveis que permitam quantificar o impacto ambiental gerado pela irrigação.
Nesta seção, vamos explorar o impacto ambiental dos aspersores de irrigação.
Salinização do solo
Um dos principais impactos ambientas que atingem as áreas irrigadas é a salinização do solo.
De acordo com uma estimativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, Food and Agriculture Organization – em inglês), aproximadamente 50% dos 250 milhões de hectares irrigados no mundo já apresentam sintomas e outros problemas oriundos da salinização e da saturação do solo, e que 10 milhões de hectares são abandonados por ano por conta desses problemas.
É estimado que a irrigação está diretamente ligada à salinização, pois, por exemplo, a cada lâmina de 100 mm de água de irrigação, com concentração de sais, produz 500 kg/ha de sal à área a ser irrigada.
Consequentemente, as irrigações sucessivas vão gerando mais quantidades de sal que, por sua vez, vai se acumulando quando não é removido pelo processo de drenagem e de lixiviação (lavagem do solo). Na ausência desses processos, o sal se acumula na superfície do solo, criando os solos salinos.
Portanto, em zonas irrigadas, a lixiviação e a drenagem natural devem fazer parte obrigatória das rotinas de mantimento e manutenção da área. Somente com esse procedimento que será garantido o fluxo da água com sal abaixo do grau radicular das culturas.
Exploração excessiva dos recursos hídricos locais
Atualmente, existem dois grupos de problemas envolvendo a disputa pela utilização na água no Brasil: o governo, que busca compreender o uso de água pelo consumo humano e hidroelétrico; o outro grupo é composto pelos múltiplos usuários de água de rios, açudes e afins.
Em determinadas bacias hidrográficas, a falta de análise e quantificação adequadas do volume de água antes da implementação de projetos de irrigação tem resultado em escassez de água nas áreas a baixa-mar.
Esse problema, inclusive, tem se acentuado, levando à escassez de água para o consumo humano, resultando em impactos ambientais significativos e tensões entre as partes envolvidas. Ele também afeta o consumo de água por parte dos animais e, sobretudo, da fauna silvestre.
Outro ponto a ser destacado é que a prática da irrigação no Brasil ainda possui deficiências, isso em termos de eficiência.
Entretanto, devido à crescente demanda por água nos mais diversos setores da sociedade, bem como o aumento da conscientização ambiental por parte dos movimentos ecológicos, certamente haverá pressão para que a irrigação seja realizada com maior eficiência.
A escassez de água terá impacto tanto na irrigação quanto será impactada por ela.
Alteração do meio ambiente
Geralmente no solo brasileiro, existe uma fonte de preocupação ambiental em relação à forma com que os sistemas de irrigação são aplicados.
Isso ocorre porque a drenagem extensiva de áreas contínuas, bem como o cultivo intensivo, têm causado perturbações nas condições físicas e estruturas no meio ambiente dessas regiões. Por consequência, a vegetação nativa, produção de peixes, população de insetos estão mais presentes nessas áreas.
Além disso, houve também o aumento da erosão e sedimentação na bacia hidrográfica. Entretanto, esses efeitos não impedem a utilização racional das várzeas – desde que haja a preservação de uma porcentagem da área, com o intuito de manter o ecossistema como um local de reprodução da fauna e um refúgio natural.
Adicionalmente, o desenvolvimento da irrigação pode ser responsável por outros impactos ambientais e ecológicos secundários na região, como na promoção da monocultura, alterando a população local de insetos, resultando na aplicação maior de inseticidas.
Contaminação dos recursos hídricos
A contaminação dos recursos hídricos é outro sério – porém, comum – efeito colateral da irrigação, impactando tanto rios, córregos, bem como a água subterrânea.
O excesso de água aplicado nas áreas irrigadas, que não passa pelo processo de evapotranspiração pelas culturas, retorna aos corpos d’água por meio do escoamento superficial e subsuperficial, infiltrando-se no lençol freático.
Por consequência, ele carrega consigo sais solúveis, resíduos de pesticidas e herbicidas, fertilizantes, substâncias tóxicas e sedimentos. Essa contaminação tem causado graves problemas no abastecimento de água potável. É comum que esse efeito aconteça quase que imediatamente após a aplicação da água na irrigação por superfície, como em sulcos, faixas e inundação.
A contaminação de rios e córregos também pode ocorrer de forma mais lenta através do lençol freático subsuperficial, arrastando os elementos supracitados. Essa contaminação, aliás, pode ser agravada se o perfil do solo irrigado estiver com a presença de sais solúveis, visto que a água que se desloca pelo solo carrega tanto os sais trazidos pela água de irrigação, bem como os dissolvidos na própria terra.
Já a contaminação da água subterrânea trata-se de um processo mais demorado. O tempo necessário para que a água percolada tenha chances de alcançar o lençol freático varia consoante a permeabilidade do solo e a profundidade do lençol.
Considerando tais condições, esse efeito pode levar de 20 a 50 anos para a água atingir um lençol freático situado a aproximadamente 30 metros de profundidade. Esse fato se torna preocupante, pois levará muito tempo até que se perceba a contaminação da água subterrânea.
Independentemente de ser pela superfície ou subsuperfície, a água que retorna da irrigação deve ser considerada um componente dos recursos hídricos da bacia hidrográfica.
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Conclusão
Na agricultura irrigada, otimizar o uso da água é um ponto fundamental para permitir uma melhor utilização dos demais fatores de produção. Como consequência, isso vai oferecer mais produtividade e uma combinação mais eficiente dos insumos empregados em uma fazenda de cultura.
Contudo, é importante ressaltar que a água é um recurso valioso – e cada vez mais escasso.
No atual contexto globalizado, a escassez de água de boa qualidade é uma realidade. Isso contribui para o aumento dos custos na produção agrícola, devido aos aumentos nos valores tanto da energia quanto dos insumos.
Óbvio que, em regiões onde houve investimento em irrigação, observou-se o desenvolvimento econômico e social. Esse progresso ocorreu especialmente quando as ações foram estudadas e aplicadas com qualidade.
Geralmente, os sistemas de irrigação mal dimensionados, implementados, gerenciados ou incompletos, como aqueles sem uma drenagem ou acessórios adequados, são os principais vilões e responsáveis pelos mais graves impactos ambientais.
Portanto, é essencial buscar sempre os melhores fornecedores do mercado. A Mérito Comercial, por exemplo, oferece uma extensa linha de aspersores, pressurizadores, bombas hidráulicas e outros equipamentos essenciais para uma irrigação de qualidade. Conheça nossa linha completa de produtos:
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