Sistema de incêndio de condomínio: O que o síndico deve saber?
A segurança em condomínios é uma preocupação constante, e um aspecto crítico desse cuidado é o sistema de incêndio. O síndico desempenha um papel fundamental na garantia da proteção de todos os moradores e na preservação do patrimônio. Mas o que, exatamente, o síndico deve saber sobre o sistema de incêndio em um condomínio? Aqui, vamos explorar as informações essenciais que todo síndico (a) precisa ter sobre a prevenção e combate a incêndios em um ambiente condominial, dos dispositivos às principais orientações.
Sem dúvida, a questão dos incêndios em condomínios é um tema que exige atenção e cuidados específicos para todos, desde os moradores, mas, sobretudo, aos síndicos responsáveis – sejam profissionais ou não.
Infelizmente, acidentes como quedas de marquises com vítimas fatais, vazamentos de gás e explosões têm frequentemente ocupado as manchetes dos noticiários, destacando a crescente responsabilidade dos síndicos em relação à segurança do condomínio como um todo.
É importante também ressaltar que a gestão de um condomínio envolve uma série de responsabilidades, desde a contratação de terceiros até a interpretação do que está previsto em contratos, no Estatuto do condomínio e na legislação vigente.
Assim, a prevenção de incêndios torna-se um passo fundamental para garantir a segurança de todos os moradores e a preservação do patrimônio.
Mas em casos de incêndio em condomínios, qual é a responsabilidade do síndico? Essas são questões cruciais, pois, infelizmente, os incêndios em condomínios são ocorrências recorrentes e, devido à proximidade das unidades, podem se tornar situações incontroláveis rapidamente.
Nest post, vamos explicar o que um síndico de condomínio precisa saber para conter incêndios, entender a importância dos sistemas de incêndio de condomínio, conhecer as bombas de incêndio e orientações diversas para evitar infortúnios como este no seu lar.
Quer saber mais? Continue a leitura!
O que é um sistema de incêndio de condomínio?
O sistema de combate a incêndios em condomínios é um conjunto de dispositivos e ações essenciais para garantir a segurança dos moradores e deve funcionar perfeitamente, sendo a responsabilidade de sua manutenção atribuída ao síndico ou à administradora do condomínio. É fundamental, no entanto, entender como manter bombas e sistemas de incêndio em pleno funcionamento e sem falhas.
Conforme a legislação vigente, também conhecida como a NR 23, todos os tipos de edificações, incluindo condomínios, devem possuir sistemas de incêndio adequados para enfrentar diversas situações de emergência.
Além disso, a Norma Regulamentadora aponta seis principais regras que devem estar presentes nos condomínios, que implicam:
- Identificação e classificação dos riscos de incêndio;
- Sistemas de detecção e alarme;
- Extintores e equipamentos de combate a incêndios;
- Rotas de evacuação;
- Treinamento de pessoas;
- Plano de emergência.
Entretanto, é importante deixar uma coisa bastante clara: um sistema de combate a incêndios em condomínios vai muito além da simples instalação de extintores de incêndio em locais estratégicos e de fácil acesso.
Um sistema de incêndio de condomínio, na verdade, engloba uma série de dispositivos e aparelhos integrados e acessíveis, que são ativados imediatamente para prevenir a propagação do fogo pelas áreas comuns.
Quais os principais dispositivos de um sistema de incêndio de condomínio eficiente?
No cerne deste sistema para condomínios, encontramos a sirene do alarme de incêndio, geralmente conectada a um detector de fumaça previamente instalado. Por sua vez, esse detector é importante pois, além de ser capaz de identificar a presença de fumaça, ele também consegue perceber qualquer aumento na temperatura ambiente.
O mercado dispõe de diversos modelos de detectores, cada um com alcance sonoro variável, para atender às necessidades específicas de cada condomínio.
Um componente crucial do sistema é o sprinkler, que opera de forma similar a um chuveiro. Este dispositivo libera água do teto para controlar o fogo e pode ser ativado automaticamente por meio da detecção de altas temperaturas. Isso acontece quando o calor aquece o fluido interno do sprinkler, fazendo-o expandir e romper a barreira de vidro que retém a água.
Além destes elementos, o sistema de incêndio também deve incluir dispositivos como:
- Acionadores manuais, detectores e sinalizadores;
- Alarmes sonoros;
- Central de alarme;
- Detectores de fumaça;
- Extintores;
- Hidrantes;
- Luminárias de emergência;
- Mangueiras;
- Pára-raios;
- Placas de sinalização de saída;
- Porta corta-fogo;
- E bombas de incêndio.
Todos esses recursos são fundamentais para garantir uma resposta rápida e eficiente em caso de incêndio, salvaguardando assim a segurança dos moradores do condomínio.
Leia também: Manutenção Preventiva em condomínios – O que o síndico deve estar atento?
Responsabilidade do síndico na contenção de incêndio em condomínios
Como você deve saber, o papel do síndico em um condomínio, seja ele residencial ou comercial, vai muito além das tarefas de gerenciar as contas, cuidar dos recursos humanos e supervisionar os reparos nas instalações.
Uma das suas responsabilidades mais cruciais, no entanto, é a de zelar pela segurança dos condôminos. Isso porque, em situações de acidentes, especialmente quando envolvem danos materiais ou lesões físicas, o síndico pode ser legalmente responsabilizado.
Segundo o artigo 1.348 do Código Civil: “a responsabilidade civil e criminal do síndico é uma das obrigações mais significativas desse cargo, independentemente de o síndico ser um profissional contratado ou ter sido escolhido em uma assembleia de condôminos“.
De acordo com a legislação, o síndico é responsabilizado civilmente quando não cumpre devidamente suas atribuições e isso resulta em prejuízos para os condôminos ou terceiros. Por outro lado, a responsabilidade criminal ocorre quando sua inadequação vai além da omissão e é caracterizada como uma conduta criminosa ou uma contravenção.
O síndico também desempenha um papel central na prevenção de incêndios em condomínios, uma vez que é responsável por solicitar e renovar o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Essa licença é obrigatória em residências multifamiliares, categoria na qual os condomínios se enquadram.
Portanto, cabe ao síndico profissional a responsabilidade de contratar uma empresa responsável pelo Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI) para, assim, garantir a realização de todas as adaptações possíveis. Os custos associados a essas medidas são compartilhados entre os condôminos e moradores após aprovação em assembleia.
A importância de um sistema de incêndio em condomínio
Os condomínios apresentam riscos significativos de incêndios devido à constante circulação de pessoas, atividades como brincadeiras de crianças, presença de fumantes, veículos como carros e motos, entre outros fatores.
A ausência de um sistema de combate a incêndios eficiente pode ser extremamente perigosa em caso de acidentes. Um dos tipos mais comuns de incêndios em condomínios são os estruturais, que frequentemente poderiam ser evitados com a implementação de um sistema de prevenção adequado.
Além dos danos materiais e estruturais causados por tais incêndios, é crucial compreender que incêndios de grande magnitude podem desencadear tragédias humanas. Portanto, a precaução e a colaboração de todos os moradores e frequentadores do condomínio são fundamentais.
Essa prontidão é vital, pois a detecção precoce de um foco de incêndio pode minimizar danos severos. Se ninguém perceber a ocorrência, as consequências podem ser ainda mais devastadoras. Portanto, a presença e eficácia desses sistemas desempenham um papel crucial na segurança de todos os envolvidos.
Para auxiliar o papel do síndico na manutenção e contenção de incêndio, uma dos principais dispositivos para tal é através das bombas de incêndio. Mas o que é esse dispositivo? Preparamos uma seção exclusiva para tirar todas as suas dúvidas.
Leia também: Como funciona o trabalho de um síndico profissional?
As bombas de incêndio e a importância no sistema de condomínio
Uma bomba de incêndio é um dispositivo crucial no combate a incêndios, desenvolvido para entregar grandes quantidades de água ou outros agentes extintores como espuma e pó químico, sob alta pressão e volume.
Além disso, essas bombas podem ser tanto móveis quanto estacionárias, variando conforme sua aplicação. Elas são amplamente utilizadas pelos bombeiros em situações de emergência e também podem ser instaladas em casas de máquinas de edifícios, garantindo prontidão e eficiência no combate a incêndios.
Como as bombas de incêndio funcionam?
Uma bomba de incêndio desempenha sua função convertendo energia mecânica, proveniente de uma fonte externa, como um motor ou outra fonte de energia, por exemplo, em energia hidráulica para movimentar água ou outro agente extintor de incêndio. Seu funcionamento segue um processo composto por três etapas cruciais: sucção, compressão e descarga.
Sucção
Inicialmente, na fase de sucção, a bomba cria um vácuo que atrai a água de uma fonte externa para o seu interior.
Compressão
Na fase de compressão subsequente, essa água é pressurizada e direcionada para a saída de alta pressão.
Descarga
Por fim, na etapa de descarga, o agente extintor é liberado através de uma mangueira ou tubulação, permitindo que os bombeiros o apliquem diretamente no foco do incêndio.
O acionamento das bombas de incêndio pode ser realizado manualmente ou através de motores a gasolina, diesel ou elétricos. Esses motores são responsáveis por impulsionar a bomba, que, por sua vez, realiza o processo de sucção, compressão e descarga, liberando o agente extintor com alta pressão para enfrentar o incêndio de forma eficaz.
Os tipos de bombas de incêndio
Vamos explorar agora os principais tipos de bombas de incêndio, considerando o que aprendemos até agora sobre como escolhê-las. Existem dois tipos principais: as bombas de incêndio com motores a combustão e as bombas elétricas.
Bombas elétricas
As bombas elétricas, por sua vez, estão diretamente relacionadas aos sistemas de hidrantes ou sistemas de sprinklers e podem ser configuradas como bombas manuais ou automáticas.
Estes são os principais tipos de bombas de incêndio a serem considerados ao tomar decisões importantes sobre segurança contra incêndios.
Bombas com motor a combustão
É importante destacar que, no caso das bombas de incêndio com motor a combustão, o uso de motores a gasolina não é recomendado devido à baixa confiabilidade desse combustível e às dificuldades de manutenção. Nesses casos, a opção ideal é utilizar motores a diesel.
É necessário também mencionar que o armazenamento dessas bombas de incêndio deve ser de quatro litros de combustível por cada cavalo de potência do motor.
Em que local devem ficar as bombas de incêndio?
As bombas de incêndio, um componente crucial do sistema de segurança contra incêndios de uma edificação, devem estar alojadas em uma casa de bombas específica, que garante seu isolamento completo do restante do edifício. Esta localização as protege tanto do fogo quanto de qualquer interferência externa.
Além disso, é essencial que a casa de bombas tenha um sistema de iluminação próprio, operado por baterias, garantindo assim que permaneça iluminada e funcional mesmo em situações onde o sistema elétrico principal da edificação esteja comprometido.
Leia também: Saiba mais sobre o funcionamento de uma bomba de incêndio
Mais cuidados são indispensáveis na prevenção de incêndio em condomínios
Para além de todas as medidas e dispositivos instalados no condomínio, existem algumas medidas para a contenção de incêndios que vão de orientações simples a mais complexas, partindo dos moradores aos síndicos.
Orientações para os moradores
- Descarte corretamente as bitucas de cigarro;
- Não deixe o ferro de passar ligado quando não estiver em uso;
- Não deixe velas acesas perto de cortinas;
- Não armazene produtos inflamáveis;
- Não carregue celulares sobre sofás ou camas; prefira carregá-los no chão;
- Não fume perto de materiais inflamáveis;
- Não sobrecarregue as tomadas com Ts (Benjamins) e réguas de tomada;
- Oriente as crianças sobre os riscos com fósforos e isqueiros;
- Tenha cuidado com o fogão
- Coloque velas sempre dentro de copos altos;
- Retire os eletrônicos da tomada durante tempestades.
Orientações para os síndicos (as)
- Cuide da manutenção dos equipamentos de prevenção e combate, como extintores, sinalizadores e demais dispositivos;
- Promova campanhas de conscientização com cartazes, orientações e reuniões;
- Cuide para manter as rotas de fuga sempre livres, sem bicicletas ou demais objetos;
- Faça a compra de bombas, equipamentos e outras máquinas.
Leia também: NR 30 – o que é, o que diz a lei e como aplicar?
Como você pode ver, o papel do síndico para contenção de incêndios em condomínios vai muito além de orientar os moradores e contratar serviços especializados. No entanto, uma das principais é verificar que todos os dispositivos necessários e fundamentais, como bombas de incêndio, estão efetivamente instalados. Saiba mais:
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